A eficiência do ventilador indica o quanto da energia fornecida ao equipamento é efetivamente convertida em energia útil para movimentar o ar. Em ventilação de minas, esse indicador é decisivo porque os ventiladores principais e auxiliares operam por longos períodos, e pequenas diferenças de eficiência podem representar grande impacto no consumo de energia e no custo de operação.
O ventilador possui uma faixa de melhor rendimento, normalmente associada a um intervalo de vazão e pressão em que as perdas internas são menores. Operar muito fora dessa faixa pode aumentar vibração, ruído, aquecimento e desgaste, além de reduzir a estabilidade do sistema. Por isso, a seleção correta do ventilador precisa considerar o ponto de operação real do circuito e as variações previstas com o desenvolvimento da mina.
Na prática, a eficiência também é influenciada por condições de instalação e manutenção. Acúmulo de poeira, degradação do rotor, folgas fora do padrão, desalinhamento e problemas de vedação podem reduzir o rendimento ao longo do tempo. Um programa de manutenção preventiva, com inspeção do rotor, balanceamento, verificação de mancais e checagens de vibração e temperatura, ajuda a manter a eficiência próxima ao valor de referência. Além disso, reduzir perdas no sistema — como vazamentos em portas e dutos — evita que o ventilador trabalhe “mais do que deveria” para entregar a mesma vazão útil.
O controle por velocidade permite ajustar o ventilador às necessidades de vazão e pressão, evitando estrangulamentos e operação ineficiente. Em um sistema bem gerido, a eficiência é tratada como parte do controle de segurança e desempenho, pois manter vazão adequada com menor consumo melhora a robustez operacional sem comprometer requisitos de ventilação.
Ao priorizar eficiência do ventilador, a mineração reduz custos, melhora confiabilidade e sustenta um padrão de ventilação seguro e estável, alinhado às exigências de operação contínua em ambiente subterrâneo.