O metano (CH₄) é um gás inflamável que pode estar presente em determinadas operações subterrâneas, especialmente em ambientes com ocorrência natural do gás. Na ventilação de minas, o metano é tratado como um risco operacional crítico porque sua acumulação, em determinadas condições, pode elevar o risco de eventos indesejados. Por isso, o controle do metano depende de ventilação adequada, monitoramento contínuo e disciplina operacional.
A principal função da ventilação em relação ao metano é diluir o gás e impedir que ele se concentre em bolsões ou áreas com baixa circulação. Isso exige vazão suficiente nas vias principais e, principalmente, nas frentes e ramais onde o fluxo pode ser mais sensível a mudanças de resistência e a falhas de vedação. A ventilação auxiliar, com dutos bem instalados, é fundamental para manter renovação de ar em frentes de desenvolvimento e áreas onde a ventilação principal não chega com intensidade.
O monitoramento de gases deve ser parte de um procedimento padronizado: sensores e rotinas de medição em pontos estratégicos ajudam a detectar tendências e a acionar respostas. Quando o sistema possui controle de ventiladores por inversor de frequência, ajustes podem ser realizados para aumentar vazão ou estabilizar pressão, desde que exista critério técnico e que a distribuição do circuito seja revisada para evitar recirculação.
Além da ventilação, a gestão de risco envolve boas práticas de inspeção de barreiras, controle de portas e reguladores, manutenção de ventiladores e protocolos de resposta a alarmes. Em situações anormais, estratégias de ventilação de emergência e procedimentos operacionais claros ajudam a restabelecer condições seguras e reduzir tempo de exposição ao risco.
Com ventilação corretamente dimensionada e monitoramento consistente, o controle de metano se integra ao sistema de ventilação de mina, reforçando segurança operacional e estabilidade do ambiente subterrâneo.