A pressão total é uma grandeza utilizada para avaliar a capacidade global do ventilador de gerar energia para movimentar o ar no sistema. Ela considera a soma da pressão estática com os efeitos associados ao escoamento, sendo útil para análises de desempenho e para comparar condições operacionais, especialmente quando o objetivo é verificar o comportamento do ventilador em diferentes pontos de vazão.
Na ventilação de minas, a pressão total ajuda a entender como o ventilador está respondendo às demandas do circuito. Em sistemas com longos trajetos, múltiplas ramificações e presença de dutos, a pressão requerida pode variar significativamente ao longo do tempo. Ao acompanhar pressão total e vazão, torna-se possível identificar se o ventilador está operando dentro do esperado, se há aumento de resistência do circuito ou se existem perdas adicionais por obstruções, vazamentos ou mudanças de configuração.
Para seleção e operação, a pressão total aparece nas curvas de desempenho do ventilador, permitindo verificar a faixa de operação e a eficiência. Quando a pressão total medida se distancia do comportamento previsto, pode haver indicativos de problemas mecânicos, como desgaste do rotor, acúmulo de poeira, desalinhamento ou falhas em componentes que afetam o rendimento. Da mesma forma, desvios podem apontar alterações no circuito, como portas abertas, caminhos preferenciais e recirculação.
Em uma abordagem padronizada, recomenda-se estabelecer pontos de medição consistentes, registrar tendências e correlacionar dados de pressão total com indicadores de operação e segurança. Isso apoia decisões sobre ajustes de velocidade, manutenção preventiva e reconfiguração do circuito para manter o sistema mais estável e eficiente energeticamente.
Com a pressão total monitorada de forma consistente, a ventilação subterrânea ganha mais previsibilidade, permitindo manter a vazão necessária com controle técnico e menor risco de instabilidade operacional.