Retorno de investimento em sistemas de ventilação de mina depende de três pilares: eficiência energética, disponibilidade e custo de manutenção. Ventiladores corretamente selecionados, operando na zona de melhor rendimento, e redes seladas com baixas perdas reduzem o consumo específico e elevam a estabilidade do ponto de operação. O uso de inversor de frequência ajusta a rotação à demanda real, evitando desperdícios e picos mecânicos que aceleram desgaste.
A disponibilidade deriva de projeto robusto (materiais adequados, eixos e mancais dimensionados), comissionamento cuidadoso (medições de pressão, vazão, vibração e ruído) e rotinas de manutenção preditiva (monitoramento de vibração, análise de ruído e termografia). Menos falhas implicam menos paradas e menor perda de produção. No ciclo de vida, a soma de energia, peças, mão de obra e janelas de indisponibilidade define o custo total; intervenções planejadas e limpeza programada de pás e filtros mantêm a eficiência e previnem degradação aerodinâmica.
Para demonstrar o retorno, recomenda-se consolidar indicadores: consumo específico por vazão útil entregue, taxa de disponibilidade, custo por hora de operação e eventos de parada evitados. A comparação entre cenário sem modulação e cenário com inversor, além de auditoria de estanqueidade e balanceamento dos dutos, evidencia ganhos mensais. Assim, o investimento em seleção técnica, rede bem concebida e controle eletrônico não apenas cumpre metas de segurança e qualidade do ar, como também encurta o prazo de payback pela economia recorrente e pela redução de riscos operacionais.