A ventilação de emergência reúne estratégias e procedimentos para manter ou restabelecer a circulação de ar em situações anormais, reduzindo riscos operacionais e apoiando a segurança no subsolo. Em minas subterrâneas, eventos como falhas de energia, paradas inesperadas de ventiladores, bloqueios de vias e outras alterações no circuito podem comprometer a distribuição de vazão, exigindo resposta rápida e padronizada.
Um plano de ventilação de emergência normalmente considera redundância de equipamentos, capacidade de isolamento de setores e métodos de reconfiguração do circuito. Arranjos com unidade reserva, ventiladores em paralelo e dispositivos de isolamento permitem manter ventilação mínima enquanto intervenções são realizadas. Além disso, a possibilidade de ajustar ventiladores por controle de velocidade pode ajudar a estabilizar pressão e redistribuir vazão, desde que haja medições e critérios claros para evitar recirculações.
Na prática, a resposta depende de procedimentos definidos: identificação do evento, acionamento de alarmes, comunicação interna e execução de ações para recuperar a ventilação. Isso inclui verificação de portas e reguladores, checagem de fugas, reconfiguração de caminhos de fluxo e validação com medições de pressão e vazão. O monitoramento de gases e condições ambientais é essencial para confirmar que o ambiente voltou a um estado seguro antes de retomar atividades em áreas afetadas.
Para padronização, recomenda-se treinamento periódico, simulações e atualização do plano conforme mudanças no desenvolvimento da mina. A ventilação de emergência não é apenas uma solução de contingência; ela deve estar integrada ao sistema de controle e monitoramento, com registros e lições aprendidas para fortalecer a confiabilidade e reduzir recorrências.
Com um plano bem estruturado, a ventilação de emergência reduz o tempo de instabilidade, melhora a resposta a incidentes e sustenta a segurança e a continuidade operacional em mineração subterrânea.